Modelo de crescimento dos tigres asiáticos: lições para o Brasil
Esses países adotaram políticas que promoveram a liberalização comercial, reduzindo barreiras tarifárias e não-tarifárias, incentivando o investimento estrangeiro
*Artigo escrito por Zeller do Valle Bernardino, sócio da Valor Investimentos e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Economia do IBEF-ESpp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02
Os Tigres Asiáticos – Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura – emergiram como exemplos notáveis de crescimento econômico acelerado e transformação industrial nas últimas décadas. Países que eram predominantemente de economia agrária e sofriam com escassez de recursos naturais.
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Esses países adotaram estratégias de desenvolvimento que enfatizaram a abertura econômica para o comércio internacional, investimentos em capital humano, inovação tecnológica e políticas industriais eficazes.
Comparativamente, o Brasil enfrenta desafios diferentes e, ao analisar esses modelos de sucesso, é possível destacar importantes lições e considerações para o contexto brasileiro.
Uma das características distintivas dos Tigres Asiáticos foi a sua abertura econômica e integração aos mercados globais.
Esses países adotaram políticas que promoveram a liberalização comercial, reduzindo barreiras tarifárias e não-tarifárias, incentivando o investimento estrangeiro direto e participando ativamente de cadeias globais de valor.
Essa abertura não apenas facilitou o acesso a novas tecnologias e mercados, mas também estimulou a competitividade e a eficiência das suas indústrias.
Em contraste, o Brasil historicamente adotou políticas econômicas mais protecionistas, o que limitou a competitividade e a exposição das empresas brasileiras aos desafios e oportunidades do mercado global.
A redução das barreiras comerciais e a promoção de um ambiente mais favorável ao comércio internacional poderiam potencializar a capacidade do Brasil de atrair investimentos, estimular a inovação e melhorar a produtividade, fatores essenciais para impulsionar o crescimento econômico sustentável.
Além da abertura econômica, os Tigres Asiáticos investiram significativamente em capital humano e em educação de qualidade.
Eles reconheceram que o desenvolvimento de habilidades técnicas e conhecimentos avançados era fundamental para apoiar a transformação industrial e impulsionar a inovação.
No contexto brasileiro, investimentos em educação, ciência e tecnologia são cruciais para fortalecer a base de habilidades da força de trabalho e aumentar a capacidade de adaptação às mudanças tecnológicas e econômicas globais.
Em conclusão, o modelo de crescimento econômico dos Tigres Asiáticos oferece valiosas lições para o Brasil, destacando a importância da abertura econômica para o comércio internacional como um motor de crescimento e desenvolvimento.
Adotar políticas que promovam a competitividade, estimulem o investimento em capital humano e apoiem a inovação tecnológica são passos essenciais para fortalecer a posição do Brasil na economia global e garantir um crescimento econômico duradouro e inclusivo.
*Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santopp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05