Produção industrial cai em 11 das 26 atividades em novembro ante outubro
As principais influências negativas partiram das quedas nas indústrias extrativas (-1,5%) e nos equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%)
O recuo de 0,1% na produção industrial em novembro ante outubro foi resultado de uma redução em 11 dos 26 ramos pesquisados, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As principais influências negativas partiram das quedas nas indústrias extrativas (-1,5%) e nos equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%).
Houve recuos relevantes também nos produtos têxteis (-5,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,8%), produtos de metal (-1,5%) e produtos de minerais não metálicos (-1,2%).
Na direção oposta, entre as quinze atividades em crescimento, os destaques foram produtos alimentícios (3,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,4%), bebidas (10,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,8%).
Outras contribuições positivas importantes partiram de metalurgia (3,1%), produtos de madeira (7,4%), produtos diversos (6,5%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (3,5%).
Comparação com novembro de 2021
De acordo com o IBGE. a elevação de 0,9% na produção industrial em novembro de 2022 ante novembro de 2021 foi decorrente de avanços em 12 dos 26 ramos industriais investigados na Pesquisa Industrial Mensal.
Segundo André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, a alta na indústria nesse tipo de comparação foi impulsionada pela base de comparação depreciada. No mês de novembro de 2021, a produção tinha recuado 4,4% ante novembro de 2020.
As principais contribuições positivas partiram de produtos alimentícios (8,6%) e veículos (13,1%). Houve avanços relevantes também em bebidas (5,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%), outros equipamentos de transporte (23,6%), metalurgia (3,5%), outros produtos químicos (1,9%) e celulose, papel e produtos de papel (2,8%).
Na direção oposta, entre as 14 atividades que tiveram redução, as maiores influências negativas foram de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-15,5%), produtos de madeira (-25,1%) e indústrias extrativas (-2,9%). Outros impactos negativos importantes foram registrados por produtos de minerais não metálicos (-6,9%), produtos têxteis (-15,6%), produtos de metal (-6,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,4%), máquinas e equipamentos (-3,0%), móveis (-12,7%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,2%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-10,8%) e couro, artigos para viagem e calçados (-5,9%).
Índice de difusão
O índice de difusão, que mostra a proporção de produtos com avanço na produção em relação ao mesmo mês do ano anterior, passou de 44,2% em outubro para 39,8% em novembro, o 15º mês seguido com predomínio de produtos com queda na produção, frisou André Macedo.