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Economia

IPTU, IPVA e material escolar: como planejar gastos para começar o ano sem dívidas

Especialista alerta que não adianta pagar à vista e conseguir desconto em uma despesa e não ter dinheiro suficiente para quitar as outras

Iures Wagmaker

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Passadas as festas de Réveillon, um novo ano começa. Como sempre, a chegada de 2022 traz promessas e esperanças de um novo ciclo, com tudo diferente. Quase tudo, pelo menos. O que não muda são as despesas que chegam em todo começo de ano.

Além do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), a compra de material escolar também pode se tornar um vilão. Para que isso não aconteça, é preciso fazer planejamento financeiro e buscar a melhor forma de se manter no azul.

O valor pago no IPVA é divido entre o Estado e o município onde o veículo é registrado. Já o pagamento do IPTU é direcionado integralmente ao município. Ambos os tributos oferecem descontos para pagamentos em conta única.

No caso do IPTU, por mais que os descontos possam ser diferentes de uma cidade para outra, eles sempre são interessantes. No entanto, a maior parte da população não utiliza esses descontos.

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De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos, o grande erro está em não programar os pagamentos com antecedência.

"Está certo que 2021 foi um ano difícil, mas é necessário planejamento para 2022 para que a situação não piore. Como a maioria das pessoas não traça um planejamento anual, acabam começando um ano novo com dificuldades financeiras, já que no período há também gastos com matrícula e material escolar, entre outros", disse.

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IPVA e IPTU: pagar a vista ou parcelado?

Uma dúvida muito comum em relação ao IPTU e ao IPVA é sobre a condição de pagamento: é melhor à vista ou parcelado? Domingos afirma que antes de ter essa resposta, é preciso saber em que situação financeira você se encontra: endividado, equilibrado financeiramente ou investidor.

"Se for a primeira ou segunda opção, você dificilmente conseguirá fazer o pagamento à vista, restando o caminho do parcelamento. Lembrando que se deve evitar ao máximo recorrer a empréstimos, limites do cheque especial ou qualquer outra maneira de crédito do mercado financeiro, pois isso apenas se tornaria uma bola de neve, devido aos juros altíssimos cobrados", afirma.

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"Caso a situação financeira esteja mais confortável, tendo uma reserva financeira, recomendo, sem dúvida nenhuma, que o pagamento seja feito à vista. Cada estado pratica o próprio desconto, mas, em média, o contribuinte obterá 3% de desconto no IPVA e 4% no IPTU. Contudo, existem casos que podem chegar a 10%", complementa.

É importante lembrar dos compromissos futuros; muitas pessoas se deixam levar pelo bom desconto e acabam esquecendo que haverá outras contas a serem pagas no mesmo mês ou nos próximos.

Portanto, fique atento: não adianta pagar à vista e conseguir desconto em uma despesa e não ter dinheiro suficiente para quitar as outras.

"Isso nos leva a outro importante aspecto da educação financeira: ter uma reserva financeira. Isso evita problemas como esse e nos deixa mais seguros, em caso de imprevistos. Enfim, com planejamento, é possível terminar e começar o ano com segurança de uma vida financeira saudável e muitas realizações", diz Domingos.

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Material escolar: vilão das contas do início de ano

Foto: Divulgação/ Internet
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O início do ano é a época em que pais e responsáveis devem se programar também para a compra de material escolar para as crianças e evitar problemas. 

Para economizar, a dica é que os pais procurem um estabelecimento formal e lojas regularizadas para fazer a compra do produto, para que eles tenham nota fiscal emitida, origem e procedência deste artigo escolar, produtos regulamentados, e não o mercado informal.

Uma outra recomendação é que se observe produtos certificados: um indicativo disso é o selo de identificação da conformidade do Inmetro nos artigos escolares, como apontador, borracha, lápis e outros artigos escolares, formando um escopo de 25 produtos que a gente regulamenta.

Mais dicas para comprar materiais escolares

– O consumidor deve, antes de sair às compras, verificar quais os itens que restaram do período letivo anterior e avaliar a possibilidade de reaproveitá-los. Portanto, é importante pesquisar preços em diferentes estabelecimentos.
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– Sempre que possível, reúna um grupo de consumidores e discuta a possibilidade de descontos com os estabelecimentos, pois alguns oferecem essa alternativa para compras em grandes quantidades.
– Guardar a nota fiscal dos produtos adquiridos também é uma recomendação, para que, caso haja algum problema, o consumidor tenha seus direitos resguardados pelo Código de Defesa do Consumidor. Os prazos para reclamar são: 30 dias para produtos não duráveis e 90 dias para os duráveis (no caso de vícios aparentes).
– Evite comprar em ambulantes, pois, apesar dos preços mais baixos, o comércio informal não fornece nota fiscal, o que pode dificultar a troca ou assistência do produto, se houver necessidade.
– Produtos com personagens, logotipos e acessórios licenciados, geralmente, são mais caros e os favoritos de crianças e adolescentes, porém, nem sempre o material mais sofisticado é o de melhor qualidade ou o mais adequado.
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– Outra dica importante é ficar de olho nas embalagens de materiais, como colas, tintas, pincéis atômicos, fitas adesivas, por exemplo, que devem contar informações claras, precisas e em língua portuguesa a respeito do fabricante, importador, composição, condições de armazenagem, prazo de validade e se apresentam algum risco ao consumidor.
– O Procon alerta que as escolas não podem solicitar a compra de materiais de uso coletivo, como material de higiene e limpeza ou taxas para suprir despesas com água, luz e telefone; nem exigir a aquisição de produtos de marca específica e determinar a loja ou livraria onde o material deve ser comprado.

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